Não há explicações, não a nada a ser dito.
A paixão é minha morada, meus desejos
São pulsões desenfreadas,
Tudo o que quero não é,
Tudo que falo é na inexistência,
Ou não.
No meu peito o coração lateja
Será saudade?
Será anseio?
Será medo?
Buscam razões, explicações, fundamentos.
Deixem-me,
Estou aqui pela liberdade e pela prisão que é esse sentir.
Não me importo com as contradições,
Não me importo em quebrar as regras.
Brinco com a solidão como quem brinca com as ondas do mar,
Mergulho na alma como quem mergulha num rio de águas turvas,
Faço-me letras e sigo meu caminho.