Exagerada que sou,
Tudo em mim pede você,
Insaciável que sou
Estou quase a morrer de querer tanto você,
Sonhadora que sou
Lanço no universo projeções de nós dois,
Carinhosa que sou
Vejo nossos beijos perfeitos,
Ansiosa que sou
Vejo meu peito sofrer uma taquicardia apaixonada,
Alucinada que sou
Sinto nossos perfumes se misturando resultando na essência perfeita,
Dramática que sou
Vejo tudo indo, num desejo de vir e na impossibilidade de chegar.





"Corre dentro de mim uma vontade de te amar
Corre dentro de mim uma vontade cada vez maior de te tocar
Corre dentro de mim uma vontade de te beijar"
Dentro de mim, corre uma vontade de te amar mais...
de te tocar cada vez mais, e com o meu toque suscitar todas as sensações óptimas que o amor carrega
Corre uma vontade de te beijar, abraçar... Sentir-te em mim cada vez mais!
Tenho saudades de estar deitada ao teu lado, tenho saudades de adormecer no teu peito!
Tenho saudades de passear contigo... de ver o mar... de me acalmar!"


Ora
Até que
Enfim
Ora até que enfim..., perfeitamente...
Cá está ela!
Tenho a loucura exatamente na cabeça.
Meu coração estourou como uma bomba de pataco,
E a minha cabeça teve o sobressalto pela espinha acima...
Graças a Deus que estou doido!
Que tudo quanto dei me voltou em lixo,
E, como cuspo atirado ao vento,
Me dispersou pela cara livre!
Que tudo quanto fui se me atou aos pés,
Como a sarapilheira para embrulhar coisa nenhuma!
Que tudo quanto pensei me faz cócegas na garganta
E me quer fazer vomitar sem eu ter comido nada!
Graças a Deus, porque, como na bebedeira,
Isto é uma solução.
Arre, encontrei uma solução, e foi preciso o estômago!
Encontrei uma verdade, senti-a com os intestinos!
Poesia transcendental, já a fiz também!
Grandes raptos líricos, também já por cá passaram!
A organização de poemas relativos à vastidão de cada assunto resolvido em vários —
Também não é novidade.
Tenho vontade de vomitar, e de me vomitar a mim...
Tenho uma náusea que, se pudesse comer o universo para o despejar na pia, comia-o.
Com esforço, mas era para bom fim.
Ao menos era para um fim.
E assim como sou não tenho nem fim nem vida...
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa


Queria ser autônoma de mim
Livre de mim
Salva de mim.
Só há um lugar possível de ser arrebatada de mim mesma,
Onde sou tocada pelo nada que acalma,
Onde os pensamentos perdem toda sua força,
E sou limpa de mim, lavada de mim,
As gavetas misteriosas que compõem em milésimos de segundos incontáveis pensamentos são fechadas
E o silêncio vem,
O choro vem,
Como uma torrente que a tudo lava,
Soluços em um colo invisível e ameno,
Um abraço abstrato e amigo,
Estou só, mais uma vez, completamente só.
Sinto um frio febril, aqui dentro da minha alma.
Meu espírito me consola, temos um ao outro,
Afinal, quem pode me ouvir além dele?
Quem poderá racionalizar o imaginável?
Quem suporta tanto peso, absurdo, bobagem?

O Amor e a Loucura


Tempos atrás, viviam duas crianças, um menino e uma menina, que tinham entre quatro e cinco anos de idade.
O menino chamava-se Amor e a menina, Loucura.
O Amor sempre foi uma criança calma, doce e compreensiva. Já a Loucura era muito emotiva, passional e impulsiva, entretanto, apesar de todas as diferenças,as crianças cresciam juntas, inseparáveis: brincando, brigando…
Houve um dia, porém, em que o Amor não estava muito bem, e acabou cedendo às provocações de Loucura, com a qual teve uma discussão muito feia. Ela não deixava nada barato; estava furiosa como nunca com o Amor, e começou a agredi-lo, não só verbalmente, como de costume.
A menina estava tão descontrolada que agrediu o garoto fisicamente e, antes que pudesse perceber, arrancou os olhos do Amor.
O Amor, sem saber o que fazer, chorando, foi contar à sua mãe, a deusa Afrodite, o que havia ocorrido.
Inconsolada, Afrodite implorou a Zeus que ajudasse seu filhoe que castigasse Loucura.
Zeus, por sua vez, ordenou que chamassem a garotapara uma séria conversa.
Ao ser interrogada, a menina respondeu, como se estivesse coma razão, que o Amor havia lhe aborrecido e que foi merecido tudo o que aconteceu.
Embora soubesse que não fora justa com seu amigo,a menina - que nunca soube se desculpar - concluiu dizendo : que a culpa havia sido do Amor, e que não estava nem um pouco arrependida.
Zeus, perplexo com a aparente frieza daquela criança,disse que nada poderia fazer para devolver a visão ao Amor,mas ordenou que Loucura estaria condenada a guiá-lo por toda a eternidade, estando sempre junto ao Amor em cada passo que este desse.
E até hoje eles caminham juntos.
Onde quer que o Amor esteja, com ele estará Loucura, quase que fundidos numa só essência, tão unidos que por vezes não se consegue definir onde termina o Amor e onde começa a Loucura.
É também por isso que se costuma dizer que o Amor é cego.
A verdade é que o Amor tem os olhos da Loucura.
Autor: desconhecido

Fonte: site


Tenho problemas com as regras,
Entendo que elas existem para me proteger na maioria das vezes, no entanto sigo levada por minhas sensações ora certeiras outras vezes nem tanto.
E vivo e sinto a vida em mim,
Recusando-me sempre ser mera expectadora vou,
Não quero assistir as coisas acontecerem,
Estou aqui, ninguém poderá dizer no dia da minha morte que fui alguém alheia a mim mesma,
Não serei como os medrosos,
Não serei como os covardes,
Serei tida como irresponsável talvez,
Mas assertivamente serei como o mar, insistente, intensa.
No dia da minha morte espalhem minhas palavras ao vento, digam que não se cansem de buscar o amor, digam que vivam com paixão e ardor no peito, digam que vale a pena sofrer por acreditar, digam também que a dor faz parte do processo e tem lugar cativo na alma de quem assim vive.
Enquanto viver, nada serei além de mim.


Quando parar e quando continuar...
Escalar, cavar e simplesmente esperar?
O que fazer nos dias de angustia,
Onde as inquietações tomam lugar de uma certeza agora inexistente.
Uma sensação de que sua própria vida está se esvaindo e você assiste a tudo,
Não sabendo o que fazer
Não sabendo que decisões tomar,
Não sabendo nada, nada.
E tudo continua parecendo igual, ficando aquela percepção própria de que nada continua do mesmo jeito.
Por que simplesmente não paro de sentir o que sinto,
Por que simplesmente não sigo como devo seguir e por que diabos não se pode mandar nos sentimentos já que são meus?
Perturbo-me, aflijo-me, angustio-me.
É exatamente nesse momento que olho do um lado e vejo, estou só.
Não há quem queira ouvir, todos seguem, com suas próprias inquietações, somos todos iguais.
Oscila apenas um sorriso triste, ninguém vê aqui dentro.
Deve haver algo bom atrás do muro,
Algo que nem consigo dimensionar,
É uma esperança de que o melhor está por vir.
Inquietações.
Pensamentos ao ar.
Uma voz que silencia.
No peito um coração escondido.
Eu sei, somos todos iguais nessa selva de pedra.
Porém, ninguém confia em mais ninguém.


Beije-me
Toque-me
Olhe-me nos olhos e diga...
Diga-me, fale-me...
Ouvirei-te, beijarei você entre as palavras,
Abraçar-te-ei como quem prende uma presa
Estar contigo é um momento eterno
Sou tua amante pra sempre
Beija-me o corpo e toma-me para ti.

Resguardei-me em meu ritual para perfumar todo meu corpo para dar-me a ti,
Encontrar-te é a melhor parte, ser tua é o momento mais aguardado e mais planejado,
Tudo tem que ser perfeito, o lugar, o perfume, a música, a pouca roupa.
Beije-me, por favor, beije-me, abraça-me sinto tanta saudade.
Só quero fazer uma exigência,
Esqueça o antes, esqueça tudo o que acontece antes de me encontrar,
Esqueça também de tudo o que terá que fazer depois que o eterno acabar.
Quero você inteiro, aqui comigo, só meu.




Não pode entregar-se assim,
Não fale sobre você,
Não deixe rastros,
Não troque informações,
Proteja-se dos espinhos,
Proteja-se de um futuro nebuloso,
Siga, mas cuidado!
Cuidado eles estão por toda parte fingindo ser o que não são,
Dizendo que sentem e não sentem absolutamente nada,
Querem sua alma? Será?
Querem diversão a qualquer preço
Querem de alguma forma sentir o poder
Querem viver de alguma forma o que no mundo real lhes seria muito mais difícil.
Escondem-se por trás de quadros de vidros,
Ocultam-se de uma forma vil,
No rosto uma linda máscara,
Nas palavras lindos textos,
Até não encontrarem mais alimento para satisfazer seu ego.
Eis uma alerta, nada além disso!


Falem-me sobre o amor...
Ok, então sobre paixão?
Onde estes dois sentimentos se fundem e desligam?
Qual o limite proposto?
Há limites?
Quem disse para que não fosse o que é?
Como evitar?
Como viver na angustia de privações?
Sim, houve inúmeras questões, questionamentos, dúvidas, receios, e um desejo enorme de acertar, de pagar pra vê, de arriscar em nome de tudo isso que me consome por dentro.
Não posso se acusada de dizer que não tentei,
Não me acovardei diante das incertezas o que seria aplaudido como bom senso.
Na verdade eu saltei,
Como fazem os poetas em suas letras eu fiz de corpo e alma em sua vida.
Estou aqui por mim e meus credos,
Estou aqui por ti que me faz acreditar que tudo será diferente.
Felicidade maior não existe
Do que a minha nesta cidade, neste teu universo, nestas adversidades que só me embriagam de sonhos,
Pois nada mais parece ser impossível a nós.
Sinto-me viva, agora tenho algo só meu, uma poesia vivida na carne,
Que todos saibam, sim é possível romper barreiras, até mesmo às aparentes indissolúveis.
Uns preferem se esconder e viver culpado,
Porém escolho a luz do dia para declarar que é teu o meu amor!
Brindemos a vida!


Teu gosto está no céu da minha boca
E o sentimento não dito está em mim.
Não há nada que eu deva dizer-te
Não quero ser evidente a ti
Sabes apenas o necessário, no mais
Sou teu mistério.
Pensas que sabes e tentas lê a mim,
São apenas suposições que calo.
Tua capacidade tateia meu universo,
Pois meu mundo não cabe em teu divã.
Meu corpo, porém cabe em tuas mãos.

The Calling


Aguardo-te no meu jardim, a grama é verdinha e há flores nos canteiros,
Há palmeiras imperiais demarcando o espaço,
Arrumo os jarrinhos coloridos com pequenas plantas e espalho os bichinhos de cerâmica colorindo, trazendo graça nesse espaço encantado.
Meu jardim fica de frente ao mar, e nele posso contemplar as ondas arrebentarem incessantemente, divirto-me com os golfinhos coloridos, há de muitas cores, eles são divertidos, são amarelos, rosas, azuis e até lilás.
Pego meu balão, ele fica preso por uma linha imaginária e se agita ao vento,
Minha felicidade é comum entre as fadas que me contam as novidades no fundo do mar,
Onde os peixes possuem asas e voam pelo ar em curto tempo, o suficiente para comtemplar os barcos e as pessoas que por ali passeiam,
As boboletas mergulham e se refrescam junto aos golfinhos, tudo é festa!
Desejo molhar minhas pernas de pano e nem me preocupo em emaranhar meus cabelos de retalhos,
Deito-me na areia e desejo-te só pra mim, tua voz é colorida, tua presença é como uma toalha felpuda por sobre meus ombros, não quero vê você desaparecer
Nas nuvens sempre com formas disformes que parecem dançar sobre mim.
Sinto-te em meu ser de estopa alva, tudo já é em mim.
Tu porem ama o encanto e disto sei por isso me visto com letras só pra te agradar.
Cuidarei de ti e ouvirei tudo o que quiseres a eu confiar,
Eu, contudo já estou entregue a ti,
Tens meu coração de confeites.

Tem alguma coisa acontecendo,
Algumas coisas fugiram do meu controle,
E navego,
Busco-te,
Quero sentir-te,
Ouvir-te.
Que eu possa evoluir como humano,
Que eu possa ter autocontrole, que eu siga o meu plano.
E fico a pensar se existisse um lugar pra te ouvir além daqui.
Nem sei ao certo o que estou buscando.
Tenho sentindo certo medo em relação a muitas coisas, talvez temor... Sei lá.
Provas.. Certezas.. Autenticidade.
Será uma brincadeira?
Não, não...

Não quero viver sem o sorriso de vocês.
O colo que vocês me oferecem quando necessitam do meu
É um acalento para minha alma confusa.
Sorrisos e gestos que suprem minhas incertezas.
Sorrisos que definem o caminho que devo trilhar.
Gestos e olhares que me fazem sonhar e
Até sofrer, só de pensar em não tê-los aqui.
Vozes que se transformam em músicas,
Pedidos que soam como realização de um sonho por vez.
Que eu saiba mostrar o caminho,
Que eu saiba ensiná-las a pensar,
Que eu veja sempre os sorrisos que iluminam minhas trevas.


Átomos de mim.
O que é lindo, minha dor e angustia?
O que é belo, minha solidão?
O que é atraente, minha dependência, minha busca incansável de ser?
E o que sou?
O que quero?
De repente tudo se confundiu
Nada sei, fico a pensar, mas nada é claro e nada se define.
Vôo distante,
Na velocidade do pensamento vôo,
na velocidade do agora vôo
E não sei onde quero pousar,
Mas quero voar isso sei que quero...
Vôo...
Átomos de mim se espalham...
E nada agora tem importância, não sei o que sou, mas é certo que algo é.
Sinto ar em meus pulmões,
Escuto a agitação das ondas e este se assemelha a minha
E sinto medo, este tem sido um companheiro presente.
São só átomos,
Espalhados...


Quem somos?
Deuses ou mágicos?
Em nós habita essa mescla, enchendo-nos desses mistérios tolos.
Há vida em um paralelo difuso, sem nomes, sem datas, um tempo que não é,
Sensações que nos afligem para o bem ou para o mal.
No caminho encontramos almas que jamais tornaremos a revê, vai ficar a lembrança regada com um pouco de saudade.
Somos adultos num caminho de tijolos amarelos
Convivendo conosco e um amontoado de incertezas
Nem sempre procurando por respostas.
Encontramos-nos no subúrbio das almas famintas por devaneios vãos,
É o que procuramos também?
Quem saberá?
Divida comigo um pouco da sua bagagem desinteressante, isso é mais interessante.
Fale-me do cotidiano e seja humano,
ou deus,
ou mágico,
só quero que seja.
De mentiras somos cercados o tempo todo,
De amor já nos iludimos o suficiente,
O que nos resta?
Rostos que não são palavras que não ouvimos mãos que não tocamos,
Vivendo aqui neste paralelo difuso.