Quem somos?
Deuses ou mágicos?
Em nós habita essa mescla, enchendo-nos desses mistérios tolos.
Há vida em um paralelo difuso, sem nomes, sem datas, um tempo que não é,
Sensações que nos afligem para o bem ou para o mal.
No caminho encontramos almas que jamais tornaremos a revê, vai ficar a lembrança regada com um pouco de saudade.
Somos adultos num caminho de tijolos amarelos
Convivendo conosco e um amontoado de incertezas
Nem sempre procurando por respostas.
Encontramos-nos no subúrbio das almas famintas por devaneios vãos,
É o que procuramos também?
Quem saberá?
Divida comigo um pouco da sua bagagem desinteressante, isso é mais interessante.
Fale-me do cotidiano e seja humano,
ou deus,
ou mágico,
só quero que seja.
De mentiras somos cercados o tempo todo,
De amor já nos iludimos o suficiente,
O que nos resta?
Rostos que não são palavras que não ouvimos mãos que não tocamos,
Vivendo aqui neste paralelo difuso.