Ciclo...
Odeio-te hoje para amanhã desejar-te fervorosamente
Hoje ponho em dúvida teu caráter
Para não querer saber de ti
Amanhã te perdôo para te trazer junto a mim
Hoje sinto indignação pela omissão de fatos
Amanhã já nem me importarei
Hoje tanto faz tua presença
Amanhã será insuportável tua ausência
Nesse indo e vindo
Nesse querer e não querer
Pareço não saber viver sem você
Pareço conseguir seguir apesar de você
Uma história inventada para mim
Um amor livre, aberto
Uma paixão que odeia para justificar meu adeus e te manter distante
Tendo o pretérito mais que perfeito como angústia do verbo amar
Conjugando assim na alma o gerúndio
Esperando um amanhã que possa sem privações se entregar
Que não saberá conviver com tua vida longe da minha.
Amado desprezado.