N ão sinto meu corpo, só sei do que é consciente, do que não é palpável e ainda é desconhecido, estou indo e não sinto medo, sinto inquietação talvez pelo que desconheço. É outra viagem eu sei; mergulho no que não sei com a curiosidade e ansiedade. Como nunca deixei de ser. Não sinto frio e nem calor. Tudo o que fiz cada erro, cada acerto, a intensidade das coisas, momentos viscerosos, corridas pelas sombras, pelas trevas e de volta a luz. Qual será a sentença? Sinto plenitude como se cobrisse todo o mar, como se fosse o próprio vento. Sou som. Sou o que acalma e também o que assanha. Tive tanto medo de deixar escapar o que agora já não é. Tudo o que fui, fui para mim mesma, não me privei. Tudo passa tão depressa, sinto que a nostalgia me persiga pra sempre para além do que chamamos vida. Pois agora tudo posso vê, foi como um sonho com conseqüências reais. E nada acabou!
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2009
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julho
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